Tesouro Direto: como investir, tipos de títulos e por que é ideal para iniciantes

Descubra como investir no Tesouro Direto com segurança e baixo valor inicial. Entenda os tipos de títulos: Selic, Prefixado e IPCA+. Aprenda a montar sua estratégia de investimento de acordo com seus objetivos. Saiba como a Selic e a inflação afetam seus rendimentos. Comece a investir e proteja seu patrimônio mesmo como iniciante.

8/25/20253 min read

Tesouro Direto: o que é, como funciona e por que pode ser o melhor investimento para iniciantes

Investir no Tesouro Direto é considerado por muitos especialistas a forma mais simples e segura de começar no mercado financeiro. Criado em 2002 pelo Tesouro Nacional em parceria com a B3, ele permite que qualquer pessoa invista em títulos públicos com valores a partir de R$ 30. Mas afinal, o que é o Tesouro Direto, como funciona, quais são seus tipos de títulos e como ele impacta sua vida financeira? Vamos detalhar tudo neste artigo.

1. O que é o Tesouro Direto?

O Tesouro Direto é um programa do governo brasileiro que possibilita a compra e venda de títulos públicos federais pela internet. Quando você investe no Tesouro Direto, está emprestando dinheiro para o governo em troca de uma remuneração futura (juros). Esse recurso é usado para financiar a dívida pública e investimentos em infraestrutura, saúde, educação, entre outros setores.

Ou seja: o investidor “vira credor” do governo e recebe juros em troca desse empréstimo. É um investimento de renda fixa, pois já é possível ter previsibilidade do retorno, dependendo do tipo de título escolhido.

2. Como funciona o investimento em títulos públicos

O funcionamento é bastante simples:

  1. Você abre conta em uma corretora ou banco autorizado.

  2. Transfere o valor que deseja investir.

  3. Escolhe o título público disponível na plataforma do Tesouro Direto.

  4. Decide se quer manter o título até o vencimento ou vendê-lo antes (no mercado secundário).

O rendimento pode estar atrelado à taxa Selic, ao IPCA (inflação) ou ser prefixado.

3. Quais são os tipos de títulos do Tesouro Direto?

📌 Tesouro Selic (LFT)

  • Rende de acordo com a taxa Selic, a taxa básica de juros da economia.

  • É considerado o título mais seguro e recomendado para reserva de emergência.

  • Ideal para quem busca liquidez e baixo risco de oscilação.

📌 Tesouro Prefixado (LTN)

  • Possui uma taxa de juros definida no momento da compra.

  • Exemplo: você compra um título que promete 10% ao ano até o vencimento.

  • Bom para quem acredita que os juros cairão no futuro, garantindo uma taxa “travada”.

📌 Tesouro IPCA+ (NTN-B Principal e com Juros Semestrais)

  • Rende uma taxa fixa + a variação do IPCA (inflação).

  • Protege o poder de compra, já que acompanha a inflação.

  • Recomendado para quem pensa em aposentadoria ou objetivos de longo prazo.

4. Vantagens do Tesouro Direto

Segurança – é garantido pelo Tesouro Nacional, com risco baixíssimo de calote.
Acessibilidade – investimento inicial a partir de R$ 30.
Diversificação – opções para curto, médio e longo prazo.
Liquidez – possibilidade de vender os títulos antes do vencimento.
Proteção contra a inflação – via Tesouro IPCA+.

5. Riscos do Tesouro Direto

Embora seja seguro, existem riscos que o investidor precisa entender:

  • Marcação a mercado: se vender antes do vencimento, pode ter ganhos ou perdas dependendo da taxa de juros no momento da venda.

  • Baixo retorno em cenários de juros baixos: quando a Selic cai muito, o Tesouro Selic rende pouco.

  • Imposto de Renda regressivo: alíquota começa em 22,5% (menos de 180 dias) e vai até 15% (acima de 720 dias).

6. Tesouro Direto e os impactos da Selic e da inflação

  • Quando a Selic sobe, os títulos novos passam a render mais.

  • Quando a Selic cai, os títulos antigos podem valorizar no mercado secundário.

  • Quando a inflação sobe, quem tem Tesouro IPCA+ se protege e mantém o poder de compra.

Por isso, entender como Selic e inflação afetam seus títulos é essencial para planejar bem os investimentos.

7. Como começar a investir no Tesouro Direto

  1. Abra conta em uma corretora (geralmente, sem custo).

  2. Transfira o valor que deseja aplicar.

  3. Escolha o título conforme seu objetivo:

    • Reserva de emergência → Tesouro Selic.

    • Objetivo de médio prazo → Prefixado.

    • Objetivo de longo prazo → IPCA+.

  4. Defina o prazo e se pretende levar até o vencimento.

  5. Invista regularmente, criando o hábito de poupar.

8. Tesouro Direto x Poupança

  • Poupança: liquidez imediata, mas rendimento baixo.

  • Tesouro Selic: liquidez diária e rendimento maior, pois segue a Selic.


    👉 Para quem quer substituir a poupança com segurança, o Tesouro Selic é a opção mais eficiente.

9. Tesouro Direto é para quem?

  • Iniciantes no mundo dos investimentos.

  • Quem deseja segurança e previsibilidade.

  • Pessoas que querem formar reserva de emergência.

  • Investidores de longo prazo que buscam proteger o patrimônio da inflação.

Conclusão

O Tesouro Direto é uma das melhores portas de entrada para o mundo dos investimentos. Ele combina segurança, acessibilidade e diferentes opções de acordo com seus objetivos. Mais do que uma alternativa à poupança, é uma forma de aprender a investir com baixo risco e, ao mesmo tempo, começar a proteger o patrimônio da inflação.

Se você está iniciando sua jornada no mercado financeiro, o Tesouro Direto é um caminho seguro e inteligente para dar os primeiros passos rumo à independência financeira.